domingo, 24 de março de 2019


O professor Marcos Antônio Tavares da Silva foi afastado de suas atividades docentes após utilizar uma charge de 2017 intitulada "O Patriota" onde demonstra claramente a relação de subserviência do atual governo brasileiro em relação aos Estados Unidos da América.
O governador Witzel eleito pelo Rio de Janeiro pelo PSL, partido do atual presidente da República afastou o professor de suas funções em um ato autoritário, visto que é garantido o Direito de cátedra a todos os docentes.
Desde que Bolsonaro se candidatou elegeu os professores como seus inimigos, inclusive incitando os alunos a gravarem vídeos dos seus professores, isso claro com aqueles que fossem contrários as suas medidas. Como se isso não bastasse o atual Ministro da Educação recomendou via e-mail que os Diretores de escolas colocassem os alunos em forma para cantar o Hino Nacional Brasileiro, até aí tudo bem, porém o ministro pediu que o ato fosse gravado e que o lema de campanha de Bolsonaro fosse mencionado "Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos" o que é crime.
Coincidência ou não  a primeira parte se assemelha muito ao lema utilizado por Hitler na Alemanha Nazista.
Voltando ao caso do professor Marcos ele vem sendo alvo de perseguição por partes de bandos bolsonaristas que estão ameaçando o professor e utilizando o caso como desculpa para implantar um projeto de mordaça limitando o Direito de expressão dos docentes criando um estado policialesco dentro das escolas, política essa, com a finalidade de desmoralizar os professores para o sucateamento do ensino público e lucro das instituições privadas.
Abaixo um breve relato do professor sobre as ameaças que que vem sofrendo.

"Recebi diversas ameaças, pessoas dizendo que ‘tem que matar esse viado comunista’. No final da noite, uma amiga me ligou dizendo que um grupo de policiais estava me caçando pela cidade. Eu preciso de proteção, minha integridade física está em jogo. Isso não é só perseguição, como também é censura. Não tem cabimento ser afastado por conta de uma charge, que é um instrumento que existe desde a ditadura."

Marcos Antônio Tavares da Silva, afastado de suas atividades no Liceu de Humanidades de Campos dos Goytacazes, por usar uma charge em sala de aula.
A charge foi utilizada com finalidade de uma produção de texto em uma turma do 3º ano do Ensino Médio.

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